Abuso quando criança, religião e tentativa de suicídio
Há uma tradição de pesquisa em suicidologia que compara pessoas que sofreram abusos, sexuais ou não, durante a infância, com pessoas que não sofreram. Outra perspectiva é comparar os que tentaram suicídio com os que não tentaram entre os que sofreram abusos na infância. Por que alguns tentam e outros não?
A pesquisa de Dervic K, Grunebaum MF, Burke AK, Mann JJ, e Oquendo MA enfocou esse ponto, estudando 119 pacientes com depressão que relataram terem sofrido abusos. Os que tentaram eram mais jovens, consideravam sua depressão mais severa, tinham menos objeções de ordem moral ao suicídio, tinham menos habilidade para enfrentar dificuldades, e eram menos religiosos. Uma regressão logística (com tentou/não tentou como variável dependente) mostrou que ideações suicidas mais sérias (daí a sua importância), menos objeções de ordem ética e moral ao suicídio e menos religiosidade e crenças religiosas se relacionavam com ter tentado o suicídio.
Ver Protective factors against suicidal behavior in depressed adults reporting childhood abuse. J Nerv Ment Dis. 2006 Dec;194(12):971-4
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