Feriados, o Natal e os suicídios

Em 1987, Phillips e Wills examinaram 188 mil suicídios nos Estados Unidos, concluíndo que havia 102 suicídios a menos nos dias feriados e que tanto antes quanto depois do Natal havia uma baixa nos suicídios. Como a significação do Natal é cultural, não é possível generalizar sem muitos cuidados. Sparhawk, também em 1987, concluíu que o Natal era o único feriado em que os suicídios diminuíam.

O Natal está mudando e talvez essas mudanças tenham um impacto sobre o suicídio: de um feriado essencialmente religioso e familiar está se transformando em um feriado comercial, com troca de presentes. Em muitos casos o aniversariante foi esquecido. O conteúdo religioso é menor, sendo possível que o efeito protetor do Natal devido à religião esteja baixando. Não temos dados que confirmem ou neguem essa hipótese.

Durante o Natal é preciso ter cuidado especial com as pessoas mais vulneráveis, as que, sem fé, estão sós, sem família. Muitos idosos, viúvos e viúvas, divorciados e separados, e forasteiros estão nessa situação. Convidá-los para participar de uma cerimônia singela é um ato de amor.

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