A desesperança

É possível que as taxas de depressão estejam aumentando no mundo. Desde 1993 que Lewinsoho, Rohde, Seeley e Fischer propuzeram que esse aumento é real no Ocidente. Há muitas teorias que foram propostas e deram certo, mas a grande maioria lidou com adultos e, de acordo com Lewinsohn et al. (1993), um em cada dez adolescentes já experimentou um episódio de depressão séria.

Uma das teorias mais interessantes e promissoras é a que nos diz que a desesperança é aprendida. Essa teoria foi modificada (reformulated learned helplessness theory of depression Abramson et al., 1978), e suas idéias centrais despertam, pelo menos, curiosidade.

Essa teoria propõe que diferentes pessoas tem estilos "atribucionais" diferentes. Eventos negativos são explicados de acordo com esses estilos. Quando as "causas" desses eventos são percebidas como internas, globais (gerais) e estáveis, o estilo é definido como pessimista. Porém, se as causas dos eventos negativos são percebidas como externas, específicas (daquele evento e não de uma ampla classe de eventos, ou "de tudo") e instáveis (ou seja, podem mudar ou serem mudadas), o estilo é otimista.

Quem tem um estilo pessimista fica, com maior freqüência, deprimido por um evento negativo do que quem tem um estilo otimista. O estilo pessimista gera depressão e desesperança. Vincula o passado ao futuro (dai a desesperanca). O otimista não vincula o evento negativo passado ao futuro e suas expectativas são mais positivas.

É uma área promissora da psiquiatria e das teorias cognitivas.

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