Saúde e suicídio: aprendendo com os que tentaram


As pessoas que se sucidam não são uma amostra aleatória do total de pessoas que tentam o suicídio e sobrevivem, chamadas de para-suicidas. Há, proporcionalmente, mais homens entre os que conseguem se matar etc. Não obstante, podemos aprender bastante com os para-suicidas com benefícios para as políticas preventivas.


Esse é o resumo de um estudo de tentativas de suicídio na Europa, baseado em um survey, no qual foi usado o European Parasuicide Study Interview Schedule - EPSIS , que foi aplicado a 1.269 pessoas, de 15 anos ou mais de idade, que tentaram o suicídio. EPSIS inclui uma parte médica, escalas de depressão, desesperança, auto-estima etc. Doenças e problemas físicos foram fatores muito freqüentes entre os elencados pelos “parasuicidas”. Um em cada dois mencionaram doenças; a proporção é bem mais baixa entre jovens, mas aumenta muito na fase adulta e, sobretudo, na Terceira Idade. Nada menos de 42% mencionaram doenças como um dos fatores que provocaram a tentativa e 22% afirmaram que fora um dos fatores principais.


Esses dados permitam focar as políticas de prevenção, com melhor atendimento médico aos idosos e com uma atenção especial aos sinais dados por eles a respeito da intenção de suicídio.





Ver De Leo D.; Scocco P.; Marietta P.; Schmidtke A.; Bille-Brahe U.; Kerkhof A.J.F.M.; Lonnqvist J.; Crepet P.; Salander-Renberg E.; Wasserman D.; Michel K.; Bjerke T. Physical illness and parasuicide: Evidence from the European parasuicide study interview schedule (EPSIS/WHO-EURO) International Journal of Psychiatry in Medicine, Volume 29, Issue 2, 1999, Pages 149-163


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