A hora e a vez dos morangos

Hannum publicou um artigo em Crit Rev Food Sci Nutr. 2004;44(1):1-17 chamado "Potential impact of strawberries on human health: a review of the science". Trabalha nas Ciências da Nutrição na Universidade de Illinois.
Hannum nos diz que os estudos epidemiológicos mostram uma associação consistente entre dietas que são ricas em frutas e vegetais e um risco mais baixo de cancer e problemas cardio-vasculares, inclusive derrames. O artigo enfocou os morangos. Parte substancial dos benefícios derivam de fitoquímicos (fito=plantas; químicos você sabe). Nos morangos são o ácido elágico e os nossos verdadeiros amigos, os flavonóides anthocianina, catequinas, quercetina e kaempferol. São anti-oxidantes e a gente envelhece mais devagar com eles. Anti-oxidantes inibem a oxidação do colesterol LDL. Em estudos in vitro os morangos inibiram as enzimas chamadas de COX, o que controla inflamações. Outros compostos que estão presentes nos morangos tem atividade anti-câncer, tanto bloqueando o começo - a carcinogênese - quanto dificultando o progresso e a proliferação dos tumores. Tem mais: dietas ricas em morangos parecem beneficiar os cérebros de idosos (em estudos com animais).

Milagre? Nem de longe. Apenas redução de risco. Porém, se a inclusão de uns gostosos morangos em nossa dieta significa reduzir o risco de problemas cardio-vasculares, inclusive AVC's, reduzir o risco e a progressão de cânceres e ainda dar uma ajudinha nos nossos cérebros cansados, porque não incluí-los em nossa dieta? Ontem eu reabastecí a cozinha com umas caixinhas, só que custam 3 páus cada caixinha no entreposto no Rio de Janeiro. Mas vale a pena....




GLÁUCIO SOARES                       IESP - UERJ

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