Estresse e derrame: os dados não mentem

A importância de eventos estressantes sobre a vida, em geral, e o coração, em particular, não pode ser esquecida. Os dados mostram como esses eventos afetam diretamente a saúde cardiovascular. No período do terremoto de 1994, em Los Angeles, o número de mortes por problemas cardiovasculares foi entre duas e cinco vezes mais alto do que fora dele – isso entre pessoas que não foram diretamente afetadas pelo terremoto. Daniel Brotman, do Johns Hopkins Hospital, reviu as pesquisas publicadas entre 1990 e 2006 e concluiu que o estresse é um dos grandes fatores de risco para a saúde cardiovascular. Eventos fisicamente estressantes como cirurgias, traumas (inclusive acidentes) e exaustão física, além dos conhecidos estressores psicológicos, como a morte de um parente próximo, como o cônjuge, aumenta a mortalidade e a morbidade por todas as causas. As pessoas morrem mais “de tudo”. Nos Estados Unidos, como um todo, o número de vezes em que um desfibrilador foi usado foi duas a três vezes maior durante o mês após o ataque de 11 de setembro de 2001 do que seria normal para o período. Brotman estudou os estressores crônicos e “sub-acute” para explicar essas variações, além da clássica – as respostas cardiovasculares aos eventos estressantes são mais freqüentes cedo nas manhãs do que em outros períodos.
Como? Por quê? O que fazer?
Sem dúvida, os responsáveis pela saúde das pessoas devem levar em séria consideração os eventos estressantes (coletivos e individuais) e lembrar que o tratamento e a prevenção de doenças cardiovasculares deve incluir redução da tensão, controle da raiva e da hostilidade, e o tratamento de doenças mentais.

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