Tratando a insônia sem remédios

É possível tratar a insônia sem tomar remédios. Para começar, temos que mudar os hábitos.

1.
Eliminar os maus hábitos relacionados com o sono e o dormir é o primeiro passo.
2.
Usar a meditação e outros tipos de relaxamento é o segundo.

A insônia obedece também ao que acontece durante o dia. Os pesquisadores descobriram que a insônia não é um problema que se limita ao sono e à noite, mas é um problema do dia inteiro. O problema é ficar aceso o tempo inteiro – super aceso! Quem controla o excesso de atividades e de preocupações durante o dia, dorme melhor à noite. A pesquisa demonstrou que quem usa técnicas de relaxamento durante o dia dorme melhor à noite. Porém, falemos sério: não se trata de fazer um pouquinho de relaxamento, mas de fazê-lo em sério, 2-3 vezes por dia, 20 minutos de cada vez. Não pense que é perda de tempo: quem o faz recupera tudo e muito mais com um aumento da concentração e da produtividade. Ramadevi Gourineni, diretor do programa de pesquisas sobre insônia no Northwestern Memorial Hospital, deixou claro que quem pratica alguma forma séria de relaxamento durante o dia (yoga, meditação transcendental, relaxamento muscular, oração e muitas outras) dorme melhor, mais rápida e profundamente durante a noite.
A pesquisa foi de Fase I-II: apenas onze pacientes com insônia séria; alguns foram treinados em kriya yoga (focaliza para dentro da pessoa) e o outro recebeu uma informação médica geral. Todos mantiveram um diário onde anotavam tudo sobre o sono na noite anterior.
Depois de dois meses (não é de um dia para o outro), ficou claro que o grupo que fazia meditação melhorava a qualidade e aumentava a quantidade do sono. Levavam menos tempo para dormir (um importante indicador da qualidade do sono), aumentaram menos vezes durante a noite e tinham um número menor de sintomas de depressão.
Numa segunda pesquisa, com 115 pacientes, foi utilizada uma terapia que, a julgar pelos resultados de pesquisas sérias, se aplica a vários distúrbios e problemas mentais, a terapia cognitivo-comportamental, em uma forma que se dirige especificamente à insônia, a (CBT-I). É um procedimento mais complexos que visa corrigir a maneira de pensar. A (CBT-I) avalia o que o paciente pensa e sabe sobre o sono, assim como seus hábitos e atitudes, mantendo a proposta de que o que acontece à noite depende em boa parte do que acontece durante todo o dia. Entre 50% e 60% dos que tinham dificuldade em dormir, em ficar dormindo (e não acordar no meio da noite), ou os dois, experimentaram melhorias consideráveis. Talvez mais importante: os que completaram cinco sessões de CBT-I ou mais reduziram seu consumo de remédios para dormir.

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