Suicídio na China

       Há duas décadas, seria impensável que um dos jornais mais relevantes, o China Daily, afirmasse que há necessidade de pesquisar o suicídio no país. Porém, é o que aconteceu. A China criou o equivalente ao CDC, o Chinese Center for Disease Control and Prevention, que estima em 287 mil o número anual de suicídios na China. O Ministério da Saúde estima que a taxa é de 25 por cem mil habitantes. O Beijing Suicide Research and Prevention Center estima que entre dois milhões e meio e três milhões e meio de chineses tentam o suicídio cada ano. É muita gente!!! Recentemente, profissionais liberais e outros bem situados na pirâmide social começaram a se suicidar com maior freqüência. O suicídio de Yu Hong, médico e professor universitário com apenas 50 anos causou impacto em Pequim. Ninguém atina com a causa.
    O suicídio é uma das principais causas de morte de jovens (entre 15 e 34 anos) e custa caro ao país, perto de sete bilhões de reais! Quatro de cada cinco tentativas acontecem nas zonas rurais.
    A taxa de suicídios entre as mulheres chinesas é muito alta, e a das mulheres rurais chinesas é a maior ou uma das maiores do mundo: 30 por 100 mil.
Foi criado uma hotline em Pequim, 24 horas por dia, sete dias por semana, para atender a casos de depressão e de possível suicídio.
    Um dos problemas mais sérios na China, que estimula o suicídio, é que as doenças mentais acarretam um estigma pesado. É uma das causas do suicídio mundo afora. Onde as doenças mentais são menos estigmatizadas e são consideradas como outra doença qualquer, mais pessoas buscam ajudam e se curam ou, pelo menos, vivem bem com a doença.
    Há pouco conhecimento. Zhang Yanping, pesquisador do Beijing Huilongguan Hospital afirmou que as pesquisas são muito recentes, tendo começado ao redor do ano 2000. Ele afirmou ao Guangzhou Daily que as pessoas não são tratadas de depressão e outras doenças mentais e o resultado, muitas vezes, é o suicídio.

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