Suicídio no Japão
Anualmente, perto de 30 mil pessoas se suicidam no Japão. A taxa japonesa, de acordo com fontes locais, seria de 25,3, bem mais alta do que a da França (17,5); da Alemanha (13,5); dos Estados Unidos (10,4) e da Itália (7,1). É a décima mais alta do mundo que tem estatísticas razoáveis. É mais baixa do que a de casos extremos como a Lituânia, a Rússia (que tem uma altíssima taxa de 38,7).
O governo japonês, como qualquer governo que se preza, constituiu uma comissão para estudar o problema e propor medidas.
Por razões desconhecidas, o número de suicídios pulou muito de 1997 para 1998. Até 1997, era próximo a 25 mil; a partir de 1998 ficou próximo a 33 mil. O número de suicidas, no Japão, é próximo ao número de homicídios no Brasil.
O que houve, no Japão, em 1998, que continua estimulando os suicídios?
Ninguém sabe. O número de homens suicidas aumentou de 16 mil para 23 mil e o das mulheres também aumentou de perto de oito mil para perto de dez mil.
O suicídio, no Japão, é diferente dos já bem estudados. É a principal causa de morte de homens jovens, na casa dos 20 e dos 30, mas a taxa aumenta após os 40. Em muitos países ela aumenta também, só que o grande aumento vem mais tarde.
Os problemas com a saúde parecem ser a principal causa: perto de 15 mil, mas os problemas financeiros também causam infelicidade e morte no Japão, sendo responsáveis por cerca de oito mil suicídios. Os problemas familiares também levam uma fatia importante da vida de japoneses - perto de 3 mil - e os problemas de trabalho levam outras duas mil ao suicídio. Num país dedicado ao sucesso, o excesso de trabalho e o desemprego, que marcaram o longo declínio econômico do Japão, contribuíram.
O conhecimento das estatísticas e das causas do suicídio permitem desenhar políticas de prevenção eficientes. Os japoneses citam o programa da Finlândia de prevenção do suicídio. A Finlândia tinha uma taxa de 15,5 por cem mil habitantes, em 1950, que dobrou em 1990. O governo finlandês, baseado em pesquisas empíricas, colocou em prática um programa de prevenção. Em seis anos, reduziram a taxa em 20% e em 30% em doze anos. Isso se traduz em milhares de vidas humanas, graças à combinação de pesquisas sérias, de professores universitários que sabem pesquisar e pesquisam de fato, de um lado, e de vontade política, pelo outro. No Brasil temos muita deficiência nesses dois fatores.
Tem jeito!
O governo japonês, como qualquer governo que se preza, constituiu uma comissão para estudar o problema e propor medidas.
Por razões desconhecidas, o número de suicídios pulou muito de 1997 para 1998. Até 1997, era próximo a 25 mil; a partir de 1998 ficou próximo a 33 mil. O número de suicidas, no Japão, é próximo ao número de homicídios no Brasil.
O que houve, no Japão, em 1998, que continua estimulando os suicídios?
Ninguém sabe. O número de homens suicidas aumentou de 16 mil para 23 mil e o das mulheres também aumentou de perto de oito mil para perto de dez mil.
O suicídio, no Japão, é diferente dos já bem estudados. É a principal causa de morte de homens jovens, na casa dos 20 e dos 30, mas a taxa aumenta após os 40. Em muitos países ela aumenta também, só que o grande aumento vem mais tarde.
Os problemas com a saúde parecem ser a principal causa: perto de 15 mil, mas os problemas financeiros também causam infelicidade e morte no Japão, sendo responsáveis por cerca de oito mil suicídios. Os problemas familiares também levam uma fatia importante da vida de japoneses - perto de 3 mil - e os problemas de trabalho levam outras duas mil ao suicídio. Num país dedicado ao sucesso, o excesso de trabalho e o desemprego, que marcaram o longo declínio econômico do Japão, contribuíram.
O conhecimento das estatísticas e das causas do suicídio permitem desenhar políticas de prevenção eficientes. Os japoneses citam o programa da Finlândia de prevenção do suicídio. A Finlândia tinha uma taxa de 15,5 por cem mil habitantes, em 1950, que dobrou em 1990. O governo finlandês, baseado em pesquisas empíricas, colocou em prática um programa de prevenção. Em seis anos, reduziram a taxa em 20% e em 30% em doze anos. Isso se traduz em milhares de vidas humanas, graças à combinação de pesquisas sérias, de professores universitários que sabem pesquisar e pesquisam de fato, de um lado, e de vontade política, pelo outro. No Brasil temos muita deficiência nesses dois fatores.
Tem jeito!
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