Prevenção de suicídios na Dinamarca
O psiquiatra Nordentoft, do Department of Psychiatry, Bispebjerg Hospital, Copenhagen, Dinamarca, estudou os suicídios na Dinamarca. Um de seus artigos recentes, de 2007, demonstra que as taxas de suicídio baixaram durante as duas últimas décadas. As mulheres, que têm taxas mais baixas, tiveram uma redução maior do que a dos homens. Controlando por idades, Nordentoft constatou que as taxas não mudaram entre os muito jovens e aumentaram entre os idosos - em todos os demais grupos elas caíram.
Há vários tipos de prevenção de suicídios. Dois são importantes para a nossa análise:
* a prevenção “universal”, que não é dirigida para nenhum grupo e
* a prevenção específica, ou seletiva, dirigida para grupos de alto risco (como os que já tentaram antes; os que sofrem de certos tipos de doenças mentais, particularmente esquizofrenia, os sem-teto, os prisioneiros, etc.)
* Uma medida preventiva tipicamente universal é a que dificulta o acesso a meios letais.
Na Dinamarca, dificultar o acesso a barbitúricos reduziu o número de suicídios, tornar seguros e à prova de autodestruição os aparelhos de gás, assim como carros que produziam muito monóxido de carbono. Ficar mais de uma vez por ano em albergues públicos para os sem-teto é um fator de risco.
Há comportamento “pré-suicidas”, fatores que aumentam bastante o risco. Entre eles: ter ideações suicidas, tentativa anterior, tentativa anterior recente, depressão co-mórbida, uso de drogas, não seguir o tratamento nem tomar os medicamentos regularmente (no caso de doença mental). No Bispebjerg Hospital, as tentativas de envenenamento aumentavam o risco de se suicidar trinta vezes.
Há um grande número de pesquisas e de publicações sobre o suicídio - centenas de milhares. Infelizmente, pouquíssimas foram realizadas no Brasil, onde se escreve muito sobre suicídio, mas se pesquisa pouco, muito pouco. Por isso, temos que aprender - cuidadosamente - com as realizadas em outros países.
Escrito por Gláucio Ary Dillon Soares com base em artigo fonte:
Fonte: Dan Med Bull. 2007 Nov;54(4):306-69.
Há vários tipos de prevenção de suicídios. Dois são importantes para a nossa análise:
* a prevenção “universal”, que não é dirigida para nenhum grupo e
* a prevenção específica, ou seletiva, dirigida para grupos de alto risco (como os que já tentaram antes; os que sofrem de certos tipos de doenças mentais, particularmente esquizofrenia, os sem-teto, os prisioneiros, etc.)
* Uma medida preventiva tipicamente universal é a que dificulta o acesso a meios letais.
Na Dinamarca, dificultar o acesso a barbitúricos reduziu o número de suicídios, tornar seguros e à prova de autodestruição os aparelhos de gás, assim como carros que produziam muito monóxido de carbono. Ficar mais de uma vez por ano em albergues públicos para os sem-teto é um fator de risco.
Há comportamento “pré-suicidas”, fatores que aumentam bastante o risco. Entre eles: ter ideações suicidas, tentativa anterior, tentativa anterior recente, depressão co-mórbida, uso de drogas, não seguir o tratamento nem tomar os medicamentos regularmente (no caso de doença mental). No Bispebjerg Hospital, as tentativas de envenenamento aumentavam o risco de se suicidar trinta vezes.
Há um grande número de pesquisas e de publicações sobre o suicídio - centenas de milhares. Infelizmente, pouquíssimas foram realizadas no Brasil, onde se escreve muito sobre suicídio, mas se pesquisa pouco, muito pouco. Por isso, temos que aprender - cuidadosamente - com as realizadas em outros países.
Escrito por Gláucio Ary Dillon Soares com base em artigo fonte:
Fonte: Dan Med Bull. 2007 Nov;54(4):306-69.
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