Ajudar a si, ajudando o próximo - 3

Essas crianças moram numa zona rural. O tipo de terreno pode ser vislumbrado no fundo da foto, no intervalo dos arcos. É uma zona paupérrima, onde o estado está ausente, dominada pelas amplas fazendas de dois políticos pernambucanos.
São 63 crianças estudando nessa escolinha da Fundação Terra. Como foi possível fazer isso? Uma arquiteta desenhou a escola, outro, um engenheiro, vai freqüentemente para orientar a construção, uma terceira pessoa doou a madeira e assim por diante. Fazem o que o estado deveria fazer e não faz porque gasta demais consigo mesmo.


O leitor deve ter notado que as sandálias são iguais (parte do uniforme, são compradas em grandes quantidades para baixar o preço por unidade), assim como tudo o mais. É a maneira mais barata de assistir mais crianças. Aí, nesse fim querido do mundo, terão educação primária e muito carinho. Aprendem, também, o que está faltando no Brasil, ética.


Qualquer um pode fazer o bem e descobrir um sentido novo para a vida. Há muitos lugares onde isso pode ser feito. A Fundação Terra é um desses lugares. Há muitos. Enviar um cheque ou fazer um depósito também é apenas uma das formas de ajudar. A mais importante é levar o seu conhecimento e o seu amor, o seu trabalho e a sua boa vontade. Todas as pessoas que foram lá foram acolhidas, independentemente de religião, ideologia etc.


É difícil ir e não se apaixonar pelas crianças e pelas pessoas simples da região. Eu fui pela primeira vez recém-diagnosticado com câncer, no fundo de um poço de depressão que me levou quase vinte quilos em pouco tempo. Tudo mudou. Ajude alguém sem esperar retorno e é possível que muito mude para você também.



GLÁUCIO SOARES                       IESP - UERJ

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