Suicídios em Matanzas, Cuba

Dados trabalhados pelo autor deste blog a partir de dados originais publicados por Ismary Garrote Rodríguez; Jana Fernández Alfonso; José Manuel Morales Rigau; Fernando Acebo Figueroa; Fernando Achiong Estupiñán e Berta Bello Rodríguez ” Mortalidad por suicidio. Matanzas 1989-2003” Revista Médica Electrónica 2006; 28(3).

Um estudo interessante sobre o suicídio em Matanzas, Cuba, mostra a estabilidade de três medidas estatísticas da idade dos suicidas:

  • a média (soma a idade de todos os suicidas e divide pelo seu número);
  • a mediana (que divide os suicidas em duas metades a partir da idade, a metade mais jovem e a metade mais velha);
  • o desvio padrão, medida que nos dá idéia sobre quanto variam os valores das idades dos suicidas,

mas não a moda:
  • a idade ou intervalo de idades na qual há maior número de suicidas.


A média e a mediana estão muito próximas: cinquenta e vários anos.

Tudo relativo a Cuba se transforma rapidamente em um problema político e o suicídio não é exceção. Em 1996, um relatório da OMS informou que Cuba tinha a taxa mais alta de suicídios da América Latina, o suficiente para provocar ampla polêmica sobre a qüestão. Um dado importante nas mãos dos inimigos do regime que foi usado por eles em muitos artigos de cunho jornalístico. A cifra de 2.015 cubanos que se suicidaram naquele ano foi repetida em diversos trabalhos. O estudo de Garrote Rodríguez e equipe sobre a província de Matanzas é uma entre algumas tentativas de recuperar a temática para a área científica, subtraíndo-a da baixa politicalha, pró ou contra.

Os dados mostram que o suicídio em Matanzas, como em (quase?) todo o mundo, é um fenômeno estável, com média e mediana mudando pouco durante o amplo prazo de 15 anos. Mostram, também, a tendência maior ao suicídio dos idosos, que também foi confirmada em muitos países.

A taxa cubana é, realmente, alta: em 1999 a taxa ajustada foi de 18.8 por 100 mil habitantes, causando um total de 38.060 anos de vida potencialmente perdidos entre 1 e 74 años.

Como em outras sociedades, a taxa masculina é superior à feminina e os dados mostram uma redução clara das taxas femininas, mas não das masculinas.

Dados relativos a 2001 da OPAS indicam que o suicídio tinha uma taxa de 18,2, altíssima para a América Latina, e uma taxa de homicídio de 10,2, que é baixa no contexto latino-americano.

O Governo de Cuba respondeu a esse dado com a instalação do Programa Nacional para la Prevención del Suicidio iniciado em 1989, que contan tres objetivos principais:

* Evitar a primeira tentativa suicida
* Evitar a repetição da tentativa suicida
* Evitar o suicidio.

A OMS propõe um programa constante de seis ítens básicos, seguidos de detalhamentos:

  • Tratamento das doenças mentais
  • Destoxificação do gas expelido pelos veículos a motor
  • Destoxificação do gas doméstico
  • Controle da posse de armas de fogo
  • Controle sobre a disponibilidade de substâncias tóxicas
  • Diminuir as noticias sensacionalistas na média.


Para informações detalhadas a respeito de temas relacionados, clique nos posters abaixo:
Notícia triste
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2007/01/notcia-triste.html
Armas de fogo e suicídios de jovens
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/11/armas-de-fogo-e-suicdios-de-jovens.html
Suicídios em Pinar del Rio, Cuba
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/11/suicdios-em-pinar-del-rio-cuba.html
Suicídios em Matanzas, Cuba
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/11/suicdios-em-matanzas-cuba.html
Alcoolismo e suicídio
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/10/alcoolismo-e-suicdio.html
Psicose de origem alcoólica e suicídio
http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/10/psicose-de-origem-alcolica-e-suicdio.html





























juh87

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