Religião e Suicídio: estudando a mortalidade

Poucas vezes temos a oportunidade de estudar populações amplas, coletar informações, voltar anos depois, ver o que aconteceu com as pessoas e ligar o que aconteceu com as informações dadas pelas próprias pessoas. Nisbet e colegas fizeram exatamente isso: analisaram os dados de um grande survey realizado em 1993, o National Mortality Followback Survey. Durante o período que passou desde a coleta dos dados houve 4.279 mortes por causas naturais e 584 suicídios entre pessoas que tinham 50 anos ou mais em 1993. A pergunta que fizeram era se a religião afeta a probabilidade de suicídio somente através de terceiras variáveis, como estado civil, maior interação com outras pessoas (uma forma de capital social) que, usualmente, estão associadas com ser religioso, ou se atuava também diretamente. Como há outras variáveis envolvidas no suicídio, tentaram controlar essas variáveis: gênero, idade e raça. Controlando todas essas variáveis, a probabilidade de nunca ter participado em qualquer atividade religiosa era mais alta entre os que vieram a se suicidar do que entre os que não o fizeram e morreram de morte natural .

Ver Nisbet P.A.; Duberstein P.R.; Conwell Y.; Seidlitz L., The effect of participation in religious activities on suicide versus natural death in adults 50 and older “, em Journal of Nervous and Mental Disease, Volume 188, Issue 8, 2000, págs. 543-546.

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