Cuidado com a depressão subclínica

Há um novo jornal eletrônico ao alcance de muitos, o The Johns Hopkins Depression and Anxiety Bulletin.
Em outra publicação, a Johns Hopkins Health Alerts, os autores alertam para as implicações de uma pesquisa feita na Nova Zelândia com mil jovens que foi publicada nos Archives of General Psychiatry. A pesquisa acompanhou jovens de 17 e 18, dos quais 18% tinham um diagnóstico de depressão severa e outros 7% de depressão subclínica.
Sete anos depois, a taxa de depressão e de comportamentos suicidas era semelhante nos dois grupos!
Essa pesquisa sugere que as pessoas com depressão sublínica, que eles chamam de distímia, devem ser tratados com um olho no futuro.
Se você não é médico psiquiatra nem psicólogo, como saber se uma pessoa do seu círculo talvez esteja passando por isso? Os psiquiatras da Johns Hopkins sugerem que ter dois dos seguintes sintomas podem ser indicação suficiente:
  • falta de apetite ou, ao contrário, come demais
  • Insonia ou, ao contrário, hipersonia (excesso de sono, dorme demais)
  • Pouca energia ou fadiga
  • Baixa auto-estima
  • Baixa concentração ou dificuldade de tomar decisões
  • Sentimentos de desânimo ou de desesperança

Lembre-se que o conceito de distimia não se aplica a algo que observamos e/ou passamos "normalmente" vários dias por ano. Se caracteriza por um estar deprimido a maior parte do dia, durante mais dias do que os dias "livres" desses sintomas, por um período de, pelo menos, dois anos. Pode ser do tipo sanfona, vai e vem, mas os períodos bons não duram mais do que dois meses.

A distimia é duas vezes mais frequente entre mulheres do que entre homens. Quem as desenvolve antes dos 21 tem maior probabilidade de desenvolver desordens de personalidade.

Com ou sem lista de sintomas e instruções, lembremo-nos que não somos psiquiatras nem profissionais da saúde mental. É só para alertar e nada mais. O pior que podemos fazer é tentar curar outros fingindo que temos uma competência que não temos.


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