Anti-depressivos e suicídio
G. Isacsson, pesquisador do Karolinska Institute, Division of Psychiatry, Huddinge Hospital, na Suécia, hipotetizou que o uso de anti-depressivos reduzia a probabilidade de suicídios. Com base em pesquisas realizadas até 1991, propunha que um aumento de cinco vezes no uso de anti-depressivos na Suécia produziria um declínio de 25% nas taxas de suicídio.
Posteriormente, houve um aumento de 3,5 vezes no uso de anti-depressivos. As estatísticas suecas são excelentes, possibilitando reunir dados sobre desemprego, consumo de álcool e uso de anti-depressivos para o período 1978-1996 num database que incluía, também, dados sobre a idade, o gênero e o município de residência. O autor também comparou os dados com os referentes aos países escandinavos (incluindo a Finlândia e excluindo a Islândia). A relação com o desemprego e o consumo de álcool não foi clara, mas a relação com o uso de anti-depressivos foi.
Estudos desse tipo apresentam uma debilidade com relação a variáveis não controladas.
Há muitos outros estudos em condições controladas, favoráveis ao uso de anti-depressivos, particularmente em combinação com terapias interativas.
Ver Isacsson G. “Suicide prevention - A medical breakthrough?” Acta Psychiatrica Scandinavica, Volume 102, Issue 2, 2000, págs 113-117
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