GLUCOSE E DEMÊNCIA

Já sabemos que ser diabético aumenta o risco de demência e outras disfuncionalidades cerebrais. Porém, diabetes segue definições apropriadas para a doença; podemos ter níveis altos de açúcar no sangue, mas não o bastante para entrar na definição de diabético. Esses níveis também aumentam nosso risco de desenvolver Alzheimer’s e outras demências? Claro que a resposta tem implicações para nossas vidas.

A pesquisa a que fazemos referência acompanhou durante sete anos mais de dois mil idosos (65 e mais, maioria na casa dos setenta). A pesquisa tem nome: Adult Changes in Thought (ACT).

A resposta é: a glucose alta, mesmo abaixo da linha de corte que define os diabéticos, aumenta o risco de demência. Quanto mais elevada a glucose, pior: entre os que tinham, na média, 115 mg/dL em jejum, tinham um risco 18% mais elevado de receber um diagnóstico de demência do que os que tinham 100 mg/dL. O corte mais comum que separa os normais dos pré-diabéticos, define o corte em 125 mg/dL. Entre os diabéticos, os que tinham mais glucose no sangue, tinham risco mais elevado: os com 190 mg/dL tinham um risco 40% mais alto do que os pacientes com nível de glucose de 160 mg/dL.

Os autores recomendam perder peso e exercícios e abandonar alimentos que aumentem rapidamente a glucose no sangue, como os refrigerantes.

Saiba mais: N. Engl. J. Med. 369: 540, 2013.

    

GLÁUCIO SOARES      IESP/UERJ

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