Que novidades há no tratamento do câncer avançado da próstata?

É o que perguntam alguns pesquisadores alemães,Ohlmann CHMerseburger ASSuttmann HSchilling DTrojan LKempkensteffen CCorvin SMathers MJBastian PJ.
O que dizem?
Que o docetaxel foi, durante vários anos o único tratamento provado e comprovado para as pessoas que não respondiam mais aos tratamentos (anti)hormonal. Adicionou perto de quatro meses de vida, na mediana. Com pesados efeitos colaterais, muitos pacientes declinaram, ainda que a grande maioria tenha aceito para viver uns meses mais.
Alguns anos se passaram, até que o cabazitaxel e o acetato de abiraterona demonstraram novos benefícios, aumentando a sobrevivência em alguns meses, sempre na mediana (metade sobrevivia mais, metade menos). Isso já em testes Fase III, com muitos pacientes e controles apropriados. Nova esticada na sobrevivência e nas esperanças, mas nada de cura. A abiraterona foi considerada uma cura, mas ficou longe dessa esperança. Novamente, alguns meses a mais.
Ultimamente apareceram outros: o MDV 3100, que inibe os receptores dos andrógenos; outros antagonistas de receptores endothelinos, (como atrasentan, zibotentan), drogas que reforçaram os ossos e postegaram as metástases, como denosumab e Alpharadin, e ainda outros baseados em imunoterapias, como o sipuleucel-T, que consegue  melhorar os pacientes com estes cânceres avançados, fortalecendo o sistema imune, mas a um custo astronômico (93 mil dólares) para obter ganhos limitados na sobrevivência, perto de quatro meses. Os pesquisadores discutem cada um desses. Vale a pena ler, ajudado por um bom biólogo ou oncólogo.

GLÁUCIO SOARES                      IESP/UERJ 

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