Sexo e químioterapia

A quimioterapia passou a ser um tratamento padrão para os cânceres avançados da próstata há relativamente pouco tempo, sendo taxotere o mais usado. Raramente, é fácil lidar com o câncer. É uma experiência que, com freqüência, é traumática. Porém, além da porrada psicológica que é ser diagnosticado com câncer, temos que lidar com os efeitos colaterais dos tratamentos. Há falta de informação sobre o que se pode e se deve fazer – e o que não se pode fazer. Quem está fazendo químio, pode ter uma vida sexual? Nos aconselha a conversar com o médico a respeito, um conselho que julgo ingênuo porque requer uma sensibilidade que poucos médicos têm e uma disponibilidade de tempo que raríssimos médicos têm. Timothy J. Moynihan sugere algumas orientações:   

O conselho prudente ensina que é possível ter sexo durante a quimioterapia se @ paciente e parceir@ estiverem a fim. Em geral, nada contra. O difícil, dados os efeitos colaterais, como náusea e dor de cabeça, é querer. Porém, não há resposta única. Varia com alguns fatores, inclusive com o tipo de câncer. Os cânceres urinários e genitais são mais restritivos porque devem esperar a cicatrização completa.

O tipo do químio também conta: alguns afetam a superfície da vagina, facilitando ferimentos durante a relação sexual.  As de dosagem alta podem enfraquecer o sistema imune de tal maneira que bactérias comuns, que vivem na pele ou nas regiões genitais, facilitam as infecções oportunistas.

Certamente, cuidados devem ser tomados para não engravidar porque o feto pode ser muito afetado pela químio.

Há possibilidade de que @ parceir@ tenha reações alérgicas à químio d@ paciente.

Durante a químio, efeitos colaterais como a baixa na libido, a fadiga, entre outros, podem desestimular o sexo. Os que amam devem se lembrar de que há outras formas de expressar seus sentimentos, como carícias, beijos, abraços e muito mais. Não é só através do sexo.

 

 GLÁUCIO SOARES      IESP/UERJ

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