Reduzir os suicídios, dificultando o acesso aos meios

David Lester, há muito tempo dedicado ao estudo do suicídio e do homicídio, comentou que, tradicionalmente, os métodos usados em políticas de redução das taxas de suicídio eram a criação de centros de prevenção e tratamento de pessoas com certas doenças mentais, particularmente as mais relacionadas com o suicídio, bipolaridade e depressão, com medicamentos e psicoterapia. Essas estratégias funcionavam bem com indivíduos, mas atingiam poucos suicidas potenciais, e seu efeito nas taxas de populações mais amplas era mínimo.
Isso levou Lester e outros a buscar outras diretrizes mais eficientes para basear as políticas públicas de redução dos suicídios. A mais relevante é dificultar o acesso a modos comuns usados nos suicídios. A inspiração veio da Inglaterra, objeto da proposta de Stengel (1964) que propôs que a mudança no gás usado nas casas foi crucial para a redução das taxas nacionais de suicídio. Não obstante, foi outro pesquisador, Kreitman quem, em 1976, demonstrou que a redução tinha sido o resultado da purificação do gás do carvão, amplamente usado nas residências inglesas. A percentagem do letal monóxido de carbono no gás derivado do carvão foi zerada. Em 1953 era 13%.
Ampliando essa estratégia, parte de uma política exitosa consiste em verificar quais as maneiras mais comuns de suicídio, reduzindo a sua disponibilidade.

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