Omega 3 contra a depressão


Os resultados de um amplo clinical Trial produziram alguns resultados encorajadores. O experimento era com o Omega 3 e seus ácidos gordurosos.

O que permite concluir?

Que suplementos com o Omega 3, que compramos nos melhores fabricantes, podem combater eficientemente a depressão.

Os resultados são preliminares, mas estimulantes. Começa com um negativo: como no caso de tantos medicamentos, nem todos os pacientes respondem: em alguns não surte efeito. Por que funciona com alguns e com outros não? A resposta reside nos que, também, sofrem de ansiedade. E os resultados mostram que o naturalíssimo Omega 3 minora os efeitos e sintomas da depressão tanto quanto os antidepressivos que compramos na farmácia por um preço muito mais alto.

Como foi feito o estudo?

Um total razoável de participantes: 432 (menos do que os bons trials Fase III, mas não havia uma mega-farmacêutica por trás para financiar um grande número de participantes). Todos sofriam de depressão unipolar (uma preocupação justificável porque os bipolares, segundo alguns, constituem um quadro à parte). Foram divididos em dois grupos, um placebo e o grupo que recebeu cápsulas com óleo de peixe com uma elevada concentração de ácido eicosapentanóico (EPA). Acompanharam essa população durante mais de três anos, sob a vigilância de pesquisadores da Universidade de Montreal. A pesquisa também incluiu pacientes que não respondiam aos anti-depressivos comuns.

Segundo o pesquisador principal, uma das dificuldades no tratamento da depressão é que muitos pacientes abandonam o tratamento. O tratamento leva tempo para surtir efeito e muitos não sabem esperar. Outros não iniciam o tratamento com medo do estigma que, acreditam, acompanha o uso de anti-depressantes – mas não acreditam que esse estigma exista contra os que tomam suplementos alimentares.

Os participantes receberam suplementos de Omega 3 fabricados pela mesma empresa – chamados OM3 Emotional Balance – três capsulas diárias com 1050 mg de EPA e 150 mg de DHA, diariamente. Não investigaram os efeitos de doses ainda mais altas.

Depois de oito semanas, os sintomas de depressão diminuíram na maioria dos participantes. O próximo passo é comparar esse tipo de tratamento mais fácil e menos custoso com um grupo controle que tomará antidepressantes de demonstrada eficácia. Após examinarem semelhanças e diferenças, os pacientes e seus médicos poderão tomar decisões bem informadas.


 

Gláucio Soares


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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