Suicídio e violência doméstica: a conexão


A relação entre violência domestica e doenças mentais é íntima. Adolescentes que tentaram contra sua própria vida apresentam um perigo maior de violência domésticas, contra eles e contra outros.
David Kerr e Deborah Capaldi da Oregon State University sugerem que algumas pessoas são presas de uma compulsão agressiva que pode se voltar contra elas.
O desenho do estudo é interessante, pois começou há muitos anos, antes que se conhecesse que o futuro incluiria violências. É um desenho melhor e muito diferente do mais comum (porque mais rápido e mais barato) que começa com uma população que teve experiências violentas, como as que se baseiam nas pessoas que procuram abrigos.
Os jovens que tentaram o suicídio eram mais violentos com suas companheiras. A comprovação dessa hipótese veio através dos prontuários policiais e hospitalares de agressão e violência doméstica, assim como as afirmativas das mulheres e a observação dos casais.

O segredo parece ser um alto grau de impulsividade agressiva que não querem ou não podem controlar. Ao postular a existência desse mecanismo – a alta impulsividade agressiva – passam a poder explicar tanto a maior incidência de tentativas de suicídios quanto a maior incidências de agressões contra as companheiras.

Não foi a primeira pesquisa desse tipo. Outra pesquisa indicou que tanto os homens quanto as mulheres que são fisicamente agressivos com seus cônjuges ou parceir@s têm um histórico de agressão incontida contra outros e contra si.

Kerr concluiu dizendo que o comportamento suicida não é algo trivial. Com freqüência reflete um descontrole e uma vulnerabilidade que podem ter conseqüências negativas para todos, não apenas para os que têm ideações suicidas ou que tentam o suicídio.

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