A depressão encolhe a vida das pessoas, que já não curtem muitas atividades que antes curtiam. A falta de atividades e a solidão, por sua vez, aumentam a depressão. É um círculo vicioso que deve e pode ser quebrado.

As perssoas que antes amavam as artes deixam de participar delas. Não obstante, a vola a essas atividades combate a depressão. É a conclusão de uma pesquisa feita pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Quem participa se deprime menos. Não foi uma pesquisa pequena: a Nord-Trondelag Health Study (HUNT) entrevistou 48 mil pessoas. Constataram um efeito da participação em várias formas de arte na redução de níveis de ansiedade e de depressão. Mais geralmente, as pessoas que participavam de atividades artísticas e culturais avaliavam sua saúde com mais otimismo, conclusão válida tanto para homens quanto para mulheres de todas as camadas sociais. A relação entre a exposição às artes e a redução da depressão é particularmente forte entre os homens.

Não é o primeiro estudo que chega às mesmas conclusões. Na Suécia já tinha sido estabelecida a relação entre ir a eventos artísticos e culturais e melhor saúde e baixos níveis de e depressão. Ir a cinemas, museus, concertos, exposições etc. aumenta a sobrevivência.

Esses resultados são mais intensos e benéficos quando a pessoa participa ativamente, tocando um instrument, dançando etc. Muitas coisas aumentam – a auto-estima, o orgulho, a sensação de realizar alguma coisa que vale a pena. Além diisso. Expòe a pessoa a mais interações e contactos sociais que são benéficos. A solidão aumenta a depressão, é a pior companhia. Entre crianças, as que participam de mais atividades são as que têm menos problemas na escola e em casa.

Uma pesquisadora da University of New England, Rosa Pinniger, descobriu que quem aprendeu a dançar (e dançava) tango reduzia seu nível de depressão.

Coisas simples e relativamente baratas, como ouvir música, reduzem bastante a depressão, de maneira que há mais nesse efeito do que um simples efeito de interação e socialização com outros. Relaxa e coloca a atenção em outras atividades que não os acontecimentos depressivos da vida.

Claro, há uma forte possibilidade de endogenia: os menos depressivos têm mais atividades de todo o tipo, mas o desenho de algumas das pesquisas acompanhou as mudanças na depressão e na ansiedade depois da entrada num programa de participação cultural.

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