Divórcios e separações contribuem para os suicídios

Divórcios e separações contribuem para os suicídios

Mais uma pesquisa, desta vez na província de Ontário, no Canadá, corrobora a afirmação de que os divórcios e as separações aumentam o risco de suicídio. O professor de Sociologia Desmond Ellis confirma, com sua pesquisa, que separações e divórcios trazem consequências penosas para muitos, algumas das quais podem levar ao suicídio. Na minha hipótese, há uma escala que vai desde um relacionamento intenso e amoroso até o divórcio, passando pelo distanciamento dentro do próprio casamento ou relação. No fundo, o estresse, a dor e a  frustração, que podem começar ainda dentro do casamento, aumentam o risco de suicídio. Ellis analisou mais de mil casos de suicídio ocorridos em 2006. Os resultados mostraram que as pessoas separadas e divorciadas representavam 10% da população acima de 15 anos de idade e 25% dos suicídios. Os casados representavam 49% da população, mas apenas 30% dos suicidas. Já os solteiros representavam 30% dessa população e 36% dos suicídios.
Confirmando a conhecida diferença na propensão ao suicídio, os homens representavam 3/4 dos suicidas. Entre os separados e divorciados, 81% dos suicidas eram homens.
Confirmando, também, a inversão dos risco por gênero no caso das tentativas que não terminaram em suicídio, ou parasuicídios, de cada quatro tentativas, três foram feitas por mulheres.
Ellis propõe que é possível baixar as taxas masculinas. Entre as técnicas usadas estão as que baseadas na resocialização por gênero - mudar as atitudes em relação a comportamentos de risco (considerados apropriadamente masculinos), inclusive o próprio suicídio (convencê-los de que não é "solução de homem") e convencê-los de que terapia faz bem e não é coisa de mulher.
Quando fazer isso? Aproveitando os avisos dados, que representam momentos propícios à intervenção: o julgamento do divórcio, visitas feitas aos médicos de confiança, ou a conselheiros, inclusive pessoas da família etc. Transformar separações e divórcios de processos conflitivos em processos colaborativos pode, também, salvar vidas.



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