Depressão e genética

Como saber se a gente herda a depressão dos pais ou se aprende a depressão com eles? Os que negam totalmente a genética afirmam que a depressão é aprendida e só. É aí que os estudos com gêmeos e com adotados passam a ser muito importantes.
O que eles mostram?
  • Primeiro, que os adotados cujos pais biológicos sofrem ou sofreram de depressão tem risco mais alto de terem episódios depressivos do que outros adotados, cujos pais biológicos não sofrem nem sofreram de depressão. A aprendizagem não explica isso.
  • As pesquisas com gêmeos são ainda mais convincentes. Entre gêmeos identicos (univitelinos), se um dos irmãos tiver episódios depressivos o risco de que o outro irmão os tenha é mais alto do que com irmãos não identicos, bivitelinos.
  • Isso não quer dizer que, mesmo entre gêmeos idênticos, se um irmão tiver episódios depressivos o outro está condenado a tê-los também. Somente em 40% dos casos os dois irmãos idênticos experimentam episódios depressivos. Os irmãos idênticos tem, apenas, risco mais alto de ter episódios depressivos do que os não idênticos quando o outro irmão tiver episódios depressivos.
  • Ter risco genético mais elevado não significa que a depressão não é tratável, controlável ou curável.
    Esse raciocínio se aplica a outros tipos de conduta e problemas parcialmente genéticos e parcialmente aprendidos.
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