Resultados da proibição do fumo em Nova Iorque

Muitos consideram o fumo como uma forma de suicídio lento. Porém, além dessa interpretação estão os fatos de que o fumo de um afeta a saúde dos demais e de que os problemas com fumantes custam caro, custos que são parcialmente pagos por outros. Por isso, o fumo pode ser analisado do ponto de vista da cultura cívica e certamente é um problema de saúde pública. Quando há programas de redução do consumo de cigarros, há resultados.

Houve uma redução considerável no número de pessoas com ataque do coração nos hospitais de Nova Iorque, no ano de 2004. 2004 foi o primeiro ano após a proibição de fumar no interior de edifícios e lugares públicos (ban on indoor smoking). Não há como tergiversar: restrições ao consumo de cigarros são acompanhadas por redução no número de ataques do coração. Nessa arena, o debate acabou. Foram quatro mil ataques cardíacos a menos e um número determinável de mortes evitadas. O debate se transferiu do efeito para a questão ética, se os fumantes têm o direito de fumar em lugares públicos ainda que isso cause um aumento das doenças e das mortes.
Outros dados vieram a reforçar os defensores da restrição ao fumo em lugares públicos: a redução de 8% nos casos registrados nos hospitais representaram uma economia de US$56.3 milhões. A pesquisa foi correta: analisaram as estatísticas de dez anos em todos os 62 condados de Nova Iorque, um total de mais de 250 hospitais. Em 2004 os hospitais trataram 462.396 pessoas com ataques do coração. A análise controlou outros fatores, como as variações estacionais e a melhoria no tratamento hospitalar - que também salva vidas.

Fonte: Juster, H.R. (2007) Declines in Hospital Admissions for Acute Myocardial Infarction in New York State After Implementation of a Comprehensive Smoking Ban. American Journal of Public Health, published online Setembro 27, 2007.

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