Salvando vidas na União Européia

Uma pesquisa, de D H Stone, S Jeffrey, N Dessypris, S Kyllekidis, P Chishti, F C Papadopoulos e E T Petridou "Intentional injury mortality in the European Union: how many more lives could be saved?" foi publicada em Injury Prevention 2006;12:327-332.
Os autores analisaram dados sobre a violência intencional letal em três anos na União Européia, compilados pelo database da World Health Organisation sobre 22 países. Estimaram as vidas e o potencial de anos de vida que poderiam ser salvos. Poderiam, como? O padrão é a taxa mais baixa de um país da União Européia. É um exercício em futurologia possível (se um dos países pode, eventualmente os outros 21 também poderão).
Os resultados são impressionantes: nada menos do que 73% das mortes violentas intencionais poderiam ser evitadas se todos os países se comportassem como o melhor entre eles. Seriam 600 mortes a menos de crianças, 40.000 de adultos e 14 mil de idosos - 55 mil em um ano apenas!
Na UE, em contraste com a América Latina, homicídios e acidentes pesam menos, mas os suicídios pesam muito mais. O único país latino-americano com taxas de suicídio muito altas, "européias", é Cuba.
O mesmo exercício pode ser feito para o Brasil. Em verdade, considero fazê-lo. Na UE uma pesquisa como essa soa como cobrança em relação aos demais países. Seria bom se a norma valesse aqui também.

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