Um homicídio em Arlington; 270 em Caracas

Comenta meu filho Yuri, residente de Arlington, na Virginia, que “depois de três anos sem homicídios, quando temos UM homicídio numa população de 230k, a galera já fica nervosa. ”

Yuri calculou quantos homicídios haveria se Arlington fosse em Caracas: “seriam 270 homicídios só esse ano - um a cada três anos [em Arlington] versus 270 por ano [em Caracas]! ”

O Captain Patrick Donahue, do Departamento de Polícia do Condado de Arlington anunciou um meeting comunitário para discutir esse homicídio e as medidas a tomar.

Há, pelo menos, duas leituras dessas frases e desses dados: uma sublinha a diferença. Surge a pergunta: “como é que pode? ” A outra propõe que, se Arlington consegue ter esse nível baixo de homicídios, Caracas também poderia conseguir (e inúmeros municípios brasileiros, inclusive no nosso amado Estado do Rio de Janeiro).

Seriam muitas e muitas mudanças, econômicas, sociais, culturais e, sobretudo, políticas e éticas.

GLÁUCIO SOARES                                IESP-UERJ



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