Depressão e AVCs entre mulheres


Muitos suspeitavam de que houvesse uma associação entre depressão e derrame; agora ela foi demonstrada. Mulheres que já passaram pela menopausa e que tem um histórico de depressão têm mais risco de um AVC.

O número de mulheres estudadas é muito grande: oitenta mil, acompanhadas durante seis anos. Entre elas, as que tinham um histórico de depressão tinham um risco de AVC 29% mais alto do que as que não tinham esse histórico.

Pior: as que estavam naquele momento sofrendo de depressão tinham um risco que era 41% mais alto, ao passo que as que tinham experimentado a doença tinham um risco 23% mais alto. A conclusão que se impõe é que a depressão aumenta o risco de AVC, particularmente de derrame, e que esse efeito negativo diminui com o passar to tempo. O grupo controle, por assim chamá-lo, era composto por mulheres que nunca tinham sido diagnosticadas com depressão nem haviam tomado anti-depressivos. A pesquisa foi dirigida pela médica de Harvard,   

Kathryn M. Rexrode e foi publicada eletronicamente em Stroke: Journal of the American Heart Association.



Há muitos caminhos para essa relação, e alguns deles passam por uma dieta pior, uso de cigarros, álcool e drogas, e falta de exercício. Entretanto, os dados que foram apresentados acima já controlaram muitos fatores que, sabemos, influem sobre o risco: idade, estado civil, histórico familiar de AVC, atividade física, massa corporal, cor e etnia, consumo de álcool e de cigarros, uso de aspirina, ter tido terapia hormonal, uso de multivitaminas, hipertensão, câncer etc. Ou seja, a autora pretendia acessar o efeito direto da depressão.



GLÁUCIO SOARES

IESP-UERJ

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