Os negros morrem mais de câncer do pulmão



Em Wisconsin, o Department of Health Services (DHS) mostrou várias coisas durante uma semana dedicada a conscientizar minorias sobre o câncer.


• A primeira: o câncer de pulmão é o que mais mata no estado;
• A segunda: as taxas variam muito entre as raças e as etnias;
• A terceira: o culpado por esses cânceres é o fumo e, através dele, o próprio fumante. O fumo primário e secundário responde por 85% dos cânceres do pulmão.

A incidência de cânceres de pulmão entre negros é 98º% mais alta do que entre brancos; depois dos negros, estão os indígenas americanos. A taxa de mortalidade segue a mesma ordem. Os fatores de risco seguem a mesma hierarquia.
Não é de hoje que sabemos que grupos raciais e classes sociais apresentam respostas diferenciais a programas de prevenção. No Distrito Federal, os êxitos do Paz no Trânsito foram maiores no Plano Piloto do que nas comunidades satélites. Em quase todo o mundo, os mais educados, os mais ricos e as comunidades mais favorecidas respondem melhor às campanhas preventivas.
A experiência é ampla e demonstra que a associação conhecimento→prevenção não é automática. Uso de drogas, uso de cigarros, campanhas de redução da violência, do controle de armas, de prevenção de DSS’s e da gravidez não desejada não funcionam igualmente em todos os grupos. Os programas de redução do consumo de cigarros não decolaram entre os negros americanos jovens.


A Secretária Karen Timberlake afirmou que um imposto no imposto da venda de cigarros que foi proposto pelo Governador Doyle terá um impacto positivo. Podemos quase garantir que ele afetará uns mais do que outros.
O câncer do pulmão tem uma interessante característica: o fator mais importante é a prevenção total e não o diagnóstico precoce. O prognóstico dos cânceres iniciais não difere tanto dos avançados como em outros cânceres, a exemplo dos cânceres do cólon e da mama.
Um dado que deveria intimidar, mas é menos eficaz do que se esperava, ensina que a taxa de mortalidade dos cânceres de pulmão é bem menor do que a de sobrevivência.
Fonte: Wisconsin Department Of Health And Family Services





GLÁUCIO SOARES                 IESP-UERJ

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